Richard Bennett & Ábner E A Araújo

Hoje em dia, em um nível popular, a palavra “ídolo” está ligada apenas a idéia de uma imagem de um falso deus ou uma divindade pagã. No entanto, em dicionários bíblicos e teológicos, a palavra “ídolo” significa “a adoração de Deus por meio de imagens”[1], ou a adoração de Deus por meio de uma imagem ou símbolo.[2] “Idolatria, no sentido exato, denota a adoração da divindade numa forma visível, sejam as imagens, às quais a deferência é oferecida representações simbólicas do verdadeiro Deus ou de falsas divindades que foram feitas objetos de adoração em Seu lugar.”[3] O Dicionário de teologia de Baker diz: “Porque Deus era invisível e transcendente, os homens criaram ídolos como uma expressão materialista Dele. Logo a coisa criada era adorada como um deus em lugar do criador.”[4]

Todos sabem que o bezerro de ouro de Êxodo 32 era um ídolo, mas a maioria das pessoas não percebe que ele foi feito intencionalmente para representar a Deus, isto é “Elohim”, (Elohim é a forma hebraica usada na Bíblia representando um dos nomes de Deus – SENHOR DEUS), Aquele que tinha levado o povo para fora do Egito. Êxodo 32.4 -5 declara:

“E ele [Arão] os tomou das suas mãos, [ouro] e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito. E Arão, vendo isto, edificou um altar diante dele; e apregoou Arão, e disse: Amanhã será festa ao SENHOR”.

Em 1 Reis 12.28, Jeroboão, temendo que o povo voltasse para a casa de Davi, elaborou um plano: “Assim o rei tomou conselho, e fez dois bezerros de ouro; e lhes disse [ao povo]: Muito trabalho vos será o subir a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito.” Ambas as passagens das Escrituras deixam claro que as pessoas que fizeram e usaram as imagens, as usaram como imagens do SENHOR Deus, o Deus que libertou Israel do Egito. Mesmo que nossas traduções para o Português chamem as imagens de “deuses”, com um pequeno “d”, a palavra Hebraica ali traduzida é, “Elohim”, e é a mesma palavra que em outros lugares é traduzida como Deus (por exemplo, Gênesis 1.1).

A Bíblia, a palavra de Deus, não dará o nome de Deus a nenhuma imagem. O contexto mostra que a intenção do povo era usar estas imagens para representar a “Elohim” que os livrou do Egito. Toda tentativa de fazer uma semelhança de Deus, representando-O de alguma forma materialista, é basicamente uma prática do mesmo pecado que levou a fazer o bezerro de ouro.

Através da Igreja Católica Romana a Idolatria Passou a Ser Misturada Com o Cristianismo

Os apóstolos, cujas epístolas e evangelhos são os oráculos de Deus, foram homens que disseram: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida.”[5] Eles nunca deram uma descrição física de Cristo, muito para longe disso, eles na verdade proclamaram o que Ele disse e o que Ele fez. Eles enfatizaram Sua morte e ressurreição, explicando a significância desses eventos e a necessidade de fé neles afim de que alguém seja feito justo e reto aos olhos de Deus.[6]

No ano 313 depois de Cristo, o Imperador Romano Constantino declarou o Cristianismo como religião oficial de seu império. Assim, os pagãos, por decreto governamental e não por meio de regeneração e conversão, se viram cristãos. Sem conhecer a Deus e o Evangelho, eles inundaram a Igreja com ídolos em seus braços, em suas casas, em suas mentes e em seus corações. Os verdadeiros cristãos, todavia, oporam-se a imagens e estatuas como representações de Cristo. A controvérsia travou-se por vários séculos, e ouve muito tumulto. No meio desta batalha, o Papa Gregório Magno (604 D.C) apresentou um argumento aparentemente inocente e convincentemente plausível em seu favor. Gregório escreveu ao Bispo Serenus de Marselha, que havia destruído as imagens em sua diocese, dizendo: “O que os livros são para aqueles que sabem ler, assim é uma imagem para o ignorante que olha para ela; em uma imagem mesmo os iletrados podem ver o exemplo que devem seguir; em uma imagem aqueles que não conhecem qualquer letra podem ainda ler”. “Assim, para os bárbaros em especial, uma imagem toma o lugar de um libro.”[7] Tal raciocínio carnal usurpa autoridade da Palavra de Deus. Mas na verdade, se o iletrado e analfabeto não pode ler, eles certamente podem “ouvir” e a “fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”[8], porque “aprouve a Deus salvar os crentes [os que creem] pela loucura da pregação.”[9]

Então, no ano 754 A.D. um grande concílio geral de bispos declarou que tais imagens não eram bíblicas, e assim sendo não seriam aceitas na Igreja. No entanto, vinte e três anos depois, outro concílio de bispos reverteu aquele ensino e decisão. O segundo concílio de Niceia que foi reunido em 787 A.D. requereu o uso de estatuas e imagens de Cristo como representação de Cristo. Este ato idólatra e injustificável da Igreja Católica Romana conduziu a Igreja à Idade das Trevas. Quando a Reforma Protestante veio, e com ela o retorno do verdadeiro evangelho, também ouve uma condenação dos males da idolatria. Para escapar da idolatria muitas pessoas deixaram a Igreja Católica, e igrejas baseadas na Bíblia surgiram em muitos países. No período da Reforma, ambos, pastores e leigos, perceberam que tudo referente a Deus aprendido de imagens é tanto fútil como falso.

A Pecaminosidade da Idolatria

A questão em jogo referente ao fazer ídolos é claramente apresentada na Escritura. Deus declara: “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança… não te encurvarás a elas nem as servirás.”[10] Então a Bíblia explica como isso deve ser entendido:

“Então vos anunciou ele [Deus] a sua aliança que vos ordenou cumprir, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra. Guardai, pois, com diligência as vossas almas, pois nenhuma figura vistes no dia em que o Senhor, em Horebe, falou convosco do meio do fogo; para que não vos corrompais, e vos façais alguma imagem esculpida na forma de qualquer figura.”[11]

Assim, não deve haver qualquer similitude (ou semelhança) de Deus feito pelo ser humano. Aquilo que é proibido nas Escrituras é a fabricação de qualquer semelhança do Pai, do Filho ou Espírito Santo. A Igreja Católica, no entanto, racionaliza que uma pessoa pode em fato praticar idolatria. E assim, vemos templos e casas Católicas permeadas de ídolos, nos quais se tenta representar visualmente a similitude e semelhança de Deus o Pai e Deus o Filho.

Deste modo declara o Catecismo da Igreja Católica,

“O culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe ídolos. De fato, “a honra prestada a uma imagem se dirige ao modelo original”, e “quem venera uma imagem venera a pessoa que nela esta pintada.”[12]

A razão dada, é que se venera a pessoa retratada pela imagem e não a própria imagem. Porem é exatamente isso que a Bíblia proíbe, e visto que o segundo mandamento de Deus tinha proibido Arão de fazer o bezerro de ouro.[13] A segunda razão dada pela Roma Papal para justificar a prática da Idolatria, usa um concílio do século VIII, que afirma o seguinte:

“Foi fundamentando-se no mistério do Verbo encarnado que o Sétimo Concílio ecumênico, em Niceia (Em 787 d.C), justificou, contra os iconoclastas, o culto dos ícones: os de Cristo, mas também os da Mãe de Deus, dos anjos e de todos os santos. Ao se encarnar o Filho de Deus inaugurou uma nova ‘economia’ das imagens.”[14]

Quando o Sétimo Concílio Ecumênico de Niceia decidiu que a encarnação de Jesus Cristo introduziu uma nova “economia” de imagens, a lógica não declarada de sua decisão requereu deles que sustentassem que Deus mudou de idéia sobre o Segundo Mandamento. Este raciocínio é blasfemo! Deus não muda de idéia quando se trata de decretos.[15] Jesus Cristo e os apóstolos foram igualmente contundentes ao condenar a idolatria, como foram também os mandamentos no Antigo Testamento. No entanto, a Igreja Católica afirma que uma “tradição vem do Espírito Santo” o que justifica fazer imagens esculpidas, e que essas devem ser publicamente exibidas. No Catecismo da Igreja Católica, Parágrafo 1161, afirma-se:

“Na trilha da doutrina divinamente inspirada dos nossos santos Padres e a tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda a certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como as representações da Cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, como a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima Mãe de Deus, a dos santos anjos, de todos os santos e dos justos.”[16]

Isso é idolatria clara, grossa e condenada pelo Senhor Deus. Além disso, dizer que Maria é mãe de Deus é nada menos que blasfêmia. Ela se limita a ser a mãe da humanidade de Jesus. Concebendo ela, Deus incarnou a Si mesmo dentro daquele gênero humano pelo poder do Espírito Santo, sem auxílio de Maria. O Espírito Santo é francamente blasfemado na reivindicação do Concílio que diz que Ele estabeleceu a tradição para justificar o uso de imagens. Muito para longe disso, a Bíblia deixa claro que Deus odeia idolatria e proíbe a representação artística do que é divino (Êxodo 20. 4-6). Fazer imagens para representar Deus corrompe aqueles que as utilizam (Deuteronômio 4.13, 15-16). Imagens ensinam mentiras sobre Deus (Habacuque 2.18-20). Deus não pode ser representado por meio da arte, e todos que praticam idolatria são ordenados a arrepender-se (Atos 17. 29-30). O comando do Espírito Santo no Novo Testamento é o comando que Ele deu no Antigo Testamento, “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém.”[17] Os frutos maléficos de se trazer para a adoração do Santo Deus a idolatria que Ele detesta estão manifestos nas muitas superstições e tradições do Catolicismo Romano. Mas o pior fruto da idolatria que o Catolicismo Romano oferece, de baixo do pretexto de ser Cristã, é o seu “falso evangelho”.

O Que Deus Proíbe Exatamente

O que é proibido é a representação da semelhança do próprio Deus. Nenhuma semelhança divina foi alguma vez dada ao povo, e nenhuma deveria ser feita. No Novo Testamento vemos que nenhuma semelhança de Jesus Cristo foi dada, e o mandamento deve permanecer intacto. Qualquer semelhança ou imagem do Pai, Filho e Espírito Santo é pecado, e isso é um insulto contra a majestade do Senhor Deus. E o que dizer daqueles que buscam bálsamo para suas consciências preferindo pinturas e fotos em vez de estatuas, como se a falta de uma dimensão transformasse a imagem em algo aceitável diante de Deus? Eles bem imaginam que agem mais nobremente para com Deus, porque suas imagens não são “imagens de escultura”. O fato de honrarem imagens pintadas apenas, assim como fazem os Gregos Ortodoxos, e dizer que não horam estatuas como fazem os Católicos Romanos os desculpa de idolatria?[18]

Não, pois diante da lei de Deus, é uma transgressão fazer uma “representação” ou “similitude” de qualquer coisa no Céu ou na terra para retratar ou delinear Deus. O Senhor Deus chama aqueles que quebram este mandamento de “aqueles que me odeiam”[19], e aqueles que guardam o mandamento “aqueles que me amam.”[20] Castigo contra iniquidade é prometido ao transgressor, enquanto benção é prometida aos que obedecem. Da perspectiva de Deus, idolatria é adultério espiritual. Assim, com a reação indignada de um marido traído Ele continua, “porque eu, o Senhor teu Deus sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.”[21]

Imagens de Cristo e a Pessoa de Cristo

O tema da idolatria é de extrema importância uma vez que nos dias de hoje muitos crentes em igrejas realmente bíblicas tentam justificar figuras e vídeos da pessoa de Cristo. Eles argumentam que tanto nós como aqueles que não sabem ler podem alcançar uma compreensão mais ampla da pessoa de Cristo a partir dessas imagens. No entanto, a Bíblia diz claramente que tais imagens mentem. Jesus Cristo é o único com duas naturezas distintas: divina e humana – em um corpo. Portanto, tentar fazer uma imagem de Jesus Cristo de qualquer espécie, seja esculpida, de duas dimensões, ou em movimento, ainda cai debaixo do segundo mandamento. Nenhuma imagem pode retratar a divindade de Cristo, pois Ele “é o resplendor da sua gloria [de Deus], e a expressa imagem da Sua pessoa”[22], “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.”[23]

A Imagem como um Mediador Abre a Porta Para o Panteísmo

A imagem é parte da criação. A criação não é Deus. Retratar um homem criado e rotular aquela figura com o nome do Criador é confundir o Criador com a criação. Qualquer tentativa de representação de Cristo transforma a própria representação (médium) em um mediador entre Deus e o homem. O espectador, que está restrito aos limites deste plano humano, ao observar a imagem, imagina conhecer ao Senhor, pelo menos em alguma medida. Com esta “imagem de Cristo” inculcada permeando sua mente, o espectador é permitido vagar, em silêncio, pensando seus próprios pensamentos, compelido por uma impressão que não é de Cristo. Assim a mente do espectador continua a ser conformada ao mundo pela imagem criada e por sua própria subjetividade. Embora tais representações visuais apelem fortemente aos impulsos sensitivos, elas não apresentam explicitamente a qualquer homem a verdade objetiva a respeito do Senhor Jesus. Nosso conhecimento de Jesus Cristo deve ser formado a partir das verdades da Escritura – a Bíblia – e não por impressões subjetivas de uma interpretação artística. Na representação artística, o artista e o espectador “unem” Deus com sua criação em uma entidade única na imagem, e esta é a expressão visível da idolatria. Esta imagem espúria estabelece as bases para um conceito panteístico de Deus.

Nós não vemos Jesus Cristo o Divino com o olho físico. Isto é em fato todo o significado da fé. A excelência do objeto da fé é o Jesus que não é visto por olhos. Enquanto que os sentidos lidam com coisas que são vistas, a razão é um plano mais elevado. A fé, todavia, ascende ainda mais alto, e nos assegura da abundância de elementos que o sentido e a razão nunca poderiam ter encontrado. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.”[24]. A fé nutre- se no poder e nas promessas do invisível. “Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria a bondade do Senhor na terra dos viventes.”[25] podemos assim, compreender a lógica e o propósito consistente do porque o Senhor Deus proibi imagens.

Imagens de “Jesus” Corrompem a Verdadeira Adoração de Cristo

Pessoas que usam imagens de Jesus negam que adoram tais imagens, mas dizem que a imagem ajuda-os a adorar a Cristo. Isso em essência é a justificação do uso de um meio (médium), uma prática já bem estabelecida na Igreja Católica Romana. Racionalizando, de modo a colocar de lado o segundo mandamento, a Igreja Romana declara hereticamente em seu Catecismo:

“a honra prestada a uma imagem se dirige ao modelo original, e quem venera uma imagem venera a pessoa que nela está pintada.”[26]

Esta tentativa de justificar a idolatria é uma tentativa de corromper aquilo que o homem deve crer a cerca de Deus como nos e ensinado nas Escrituras. A imagem eventualmente impacta e muda o significado do ensino sobre a “salvação” e a “igreja”. O que se segue, é que as pessoas primeiramente aceitam as falsas imagens como se representassem Cristo, e então as usam como canais mediadores para conhecer a Cristo.[27] Então, para a utilização das imagens, rituais são desenvolvidos. A missa é o ponto mais alto da liturgia da Roma Papal. Na missa Roma reivindica para o pão (hóstia) da comunhão a “adoração que é devida ao verdadeiro Deus.”[28] O resultado final dessas práticas Católicas é que Jesus Cristo é substituído, pois as pessoas olham para imagens. A Bíblia, porem, não aceita essas imagens feitas pelo homem como sendo imagens de Cristo, nem deveríamos nós aceitá-las.

Cristo é o Deus Santíssimo que se tornou homem. Em Seus dias terrenos, Sua humanidade continha a plenitude da Sua divindade, mas aquela humanidade não está mais agora na terra. Como diz a Escritura, não O conhecemos mais na carne, mas sim O conhecemos agora em espírito e em verdade, pois conhecemos coisas espirituais de modo espiritual;[29] e é na luz de Deus que vemos luz.[30] A palavra de Deus é claríssima quanto ao Segundo Mandamento; o chamado estridente a cada um de nós é declarado pelo apóstolo Paulo: “não pensar além do que está escrito…”[31]

Deus, conhecendo a inclinação dos homens e sua contenda para justificar seus atos de impiedade, declarou: “Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da gloria de Deus, na face de Jesus Cristo.”[32] O que quer que teólogos possam debater a respeito deste versículo, uma coisa é clara, se você dá uma representação física a face de Cristo, então você definiu e profanou a glória divina e imensurável de Deus. Qualquer tentativa de replicar aquela glória é simplesmente idolatria.

A singularidade de Jesus Cristo, juntamente com a ordem de não praticar a idolatria é dada nos mais fortes termos no Novo Testamento: “E sabemos que já o filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecer o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém.”[33] Não pode haver nenhuma dúvida de que aquele de quem se diz: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”,[34] e “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez,”[35] tendo também declarado: “Eu e o Pai somos um”[36] foi adorado como “Senhor meu, e Deus meu!”[37], “Ele é verdadeiramente verdadeiro Deus.”[38] Esta é uma forma condensada de dizer que Jesus Cristo é plenamente Deus como o Pai e o Espírito Santo são cada um plenamente Deus.

Imagens de Santos e Anjos

E quanto às imagens e figuras de santos, anjos, os discípulos do Senhor e Sua mãe terrena? Temos de lidar com a questão: “Será que rezar ou orar aos santos que partiram antes de nós, e aos Anjos de Deus, e o fazer com a ajuda visual de imagens (estatuas, pinturas, mosaicos, etc.) constitui-se em idolatria?” Se isso não é idolatria é, no entanto, pecado? E, podemos diferenciar pecado de idolatria?

É Pecado Dirigir Orações aos Santos que Partiram antes de Nós, bem como aos Anjos.

A Igreja Católica Romana, que aprovou e sancionou que orações devem ser dirigidas aos santos que já partiram, contradiz a Escritura. Afirmar como algo aceito aos olhos de Deus – aquilo que a Bíblia por sua vez declara como práticas pagãs – bem como comandar seus membros a exercitarem-se em tais práticas é algo completamente pecaminoso. Isso, no entanto, é o que a Igreja Papal faz. Assim declara o Catecismo da Igreja Católica:

“As testemunhas que nos precederam no Reino, especialmente as que a Igreja reconhece como “santos”… Comtemplam a Deus, louvam-no e não deixam de velar por aqueles que deixaram na terra… Sua intercessão é o mais alto serviço que prestam ao plano de Deus. Podemos e devemos pedir-lhes que intercedam por nós e pelo mundo inteiro.”[39]

Em contraste direto com os ensinamentos da Igreja Católica Romana, aprendemos na Bíblia que não somente o uso de imagens como recursos visuais na oração é idolatria, mas também que a própria prática de dirigir orações (rezas e preces) a santos que já partiram bem como aos anjos é em si um grande pecado!

Tal prática é pecado porquanto supõe que o santo ou anjo esteja presente em toda parte, ou conhece de uma vez os corações e mentes de todos os homens individualmente. De outro modo, aquele que ora ou reza finge saber quando o santo ou anjo está presente e disponível para ouvi-lo. Tal prática também supõe que o santo ou anjo é todo poderoso, e assim capaz de responder e conceder a resposta favorável ao pedido. Mas toda presunção como essa é engano! Somente o próprio Deus é onisciente, presente em toda parte ao mesmo tempo e todo poderoso, e, portanto, capaz de ouvir, examinar e responder as orações de todos aqueles que oram a Ele de todas as partes do mundo ao mesmo tempo. Atribuir a uma criatura seja ela homem ou anjo, onisciência (conhecimento total e completo), onipresença (estar em toda parte) e onipotência (poder completo e total) é conceder-lhes atributos divinos e, portanto, elevar tais criaturas ao nível de Deus, tornando-as assim iguais a Deus, o que claramente é idolatria. A Bíblia declara com toda clareza:

“Ninguém vos domine ao seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão.”[40] E, “E eu, Joao sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava para o adorar. E disse- me: Olha, não faças tal coisa; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.”[41]

Tal pratica também é Pecado, porque a Escritura em nenhum lugar indica que Deus desejasse que orássemos a qualquer santo ou anjo; mas ela indica o suficiente para satisfazer-nos do contrário. Não lemos nem no Antigo Testamento ou no Novo a respeito de qualquer oração dirigida a um santo que partira ou a um anjo. Mas toda oração registrada é estritamente dirigida a Deus Pai, e no Novo Testamento a Deus Pai em nome do Senhor Jesus Cristo; e assim nos é dito: “No qual [Jesus] temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele.”[42] Não há qualquer acesso ao plano celestial fora da mediação de Cristo Jesus, não há acesso a Deus fora de Seu Filho Jesus Cristo unicamente. Somos comandados a dirigir nossas orações a Deus somente por Jesus Cristo somente.[43]

Assim, tal prática é também pecaminosa, por que contraria, assim como ignora, o fato de que toda oração é uma veneração e adoração; pois é um reconhecimento consciente de que aquele à quem oramos é digno de nossa reverência respeitosa e é poderoso para responder nossa petições. Oração dirigida a Deus é adoração dirigida a Deus; pois é também um reconhecimento de que só Ele é todo poderoso, digno de nosso louvor e afeição, que Ele está sempre presente, e que Ele “é galardoador dos que o buscam.”[44] Assim, toda adoração e reverência oferecida através da oração deve ser dirigida a Deus somente, e isso torna todas as orações dirigidas a santos e anjos presunções pecaminosas e idolatria.

Além disso, é pecado contra Deus fazer petições a santos ou anjos por perdão de pecados, para justificar, santificar, redimir, livrar de provações, ou qualquer coisa que caiba a Deus somente realizar; fazer tais coisas não é nada além de idolatria. O Ensino da Escritura é enfático, do começo ao fim – que a libertação e a Salvação procedem somente de Deus: “A Salvação vem do Senhor.”[45] Os santos de Deus no Céu, agora, podem testificar disso, pois eles próprios dão todo o credito de suas salvações a Deus somente:

“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão [os santos redimidos], a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas que estavam diante do Trono, e, perante o Cordeiro [Cristo Jesus], trajando vestes brancas… E clamavam com grande voz, dizendo: salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao cordeiro.”[46] Salvação é um dom concedido diretamente das mãos de Deus àqueles a quem Ele salva, “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.”[47]

Por fim, tal prática é pecado porquanto ignora o fato de que toda oração é condicional. É condicional porque tem de ser feita em nome de Jesus Cristo para ser aceita pelo Pai. Tal oração descansa assim inteiramente no sacrifício de Cristo e Sua intercessão que nos garante acesso ao Pai. Como a Escritura afirma claramente nos seguintes textos: “porque por Ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito”43. “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus…”44 Depender completamente do sacrifício de Cristo de modo a ser aceito por Deus, significa que a pessoa já tenha crido em Jesus Cristo para reconciliação com Deus. Isso se dá deste modo porquanto Deus o Pai estabeleceu Seu Filho, o Senhor Jesus, como o único meio pelo qual pecadores podem ser reconciliados com Ele. Como o próprio Cristo disse em Suas bem conhecidas palavras: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”45 . Deste modo, a lógica da verdade aqui revelada, é que ninguém é aceito diante de Deus para salvação, pela intermediação de um santo que já partiu, ou anjo de Deus, ou a mãe terrena do Senhor, ou qualquer outro, mas “senão por mim” como Ele próprio declarou.

É o Senhor Jesus Cristo que intercede na oração de um pecador arrependido que ora a Deus por salvação. E para essa verdade temos prova clara, enfática e abundante nas palavras do Espírito Santo falando de Jesus Cristo: “Portanto [Jesus Cristo], pode também salvar perfeitamente os que por Ele se achegam a Deus, vivendo sempre para interceder por Eles. Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus;[48] E o Espírito Santo de Deus intercede na oração de um pecador redimido, “o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós… E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é Ele que segundo Deus intercede pelos santos.[49]

Conclusão da questão

Idolatria é a “religião da vista” em oposição à “vida da fé”! Ao contrário de considerar o Deus criador, invisível mas real, os homens nos tempos antigos consideraram aquilo que era visível – o sol, a lua, as estrelas, e as inumeráveis criaturas na terra como a causa e o mantenedor de todos. Eles atribuíram a tudo uma divindade, e assim possuíam muitos deuses. A adoração dos céus, a adoração da natureza e a veneração dos homens que partiram dessa vida é paganismo e idolatria. Esta sempre foi a tendência do homem pecador, e algo que sempre voltava a ocorrer. Ao longo da história Deus se revelou à humanidade e deu Suas leis, como foi no caso do povo de Israel. No entanto, (no caso do povo de Israel) aquele povo aprendeu, a partir do ensino da Escritura, que há somente um vivo e verdadeiro Deus, ainda assim em suas práticas e em muitas ocasiões, eles O colocaram em um mesmo nível com pessoas criadas, e assim O roubam da glória que a Ele somente pertence.

Ambos, pagãos e mesmo o povo de Israel, em tempos de apostasia tentaram colocar o Senhor Deus em um mesmo nível com outras pessoas. Isto é exatamente o que os católicos fazem quando dirigem as suas orações (rezas) aos santos que já partiram, aos anjos, ou à mãe terrena do Senhor. Eles tentam justificar o uso de imagens, dizendo que se trata apenas de um recurso visual para quem ora, para trazer à mente a pessoa do santo ou anjo a quem, ou através de quem eles oram. Todavia, o que fazem é pecaminoso e especificamente idólatra, pois vai diretamente contra o mandamento de Deus. Deste modo, esta prática, proibida pela Bíblia, de dirigir preces a um santo que já partiu, anjo, ou a mãe terrena de Jesus é claramente pecado, assim como o uso de imagens, pinturas, estatuas, mosaicos, etc. como auxílio visual na prece é idolatria. Essas práticas buscam roubar Deus o Pai de Sua glória, e Deus o Filho de Seu ofício como Mediador, dando tudo isso a outros.

Contrário aos ensinos do catolicismo romano, a Bíblia é enfática em afirmar que não há acesso a Deus em oração que não seja através da pessoa de Jesus Cristo, conforme o registro de Suas próprias palavras: “…ninguém vem ao Pai se não por mim.”[50] Este ensinamento claro do Senhor afirma que de modo algum devemos orar ou rogar a qualquer santo que dessa vida partiu, anjo ou a mãe terrena do Senhor, para rogar a Deus por nós, mas devemos ir diretamente a Deus mediado pelo próprio Senhor Jesus Cristo.

O que então devemos fazer?

Conforme lemos do “sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade”, e “as melhores promessas” que ele tem para seu povo na Nova Aliança do que na Velha, temos uma grande esperança, bem fundamentada para nossa convicção nesta questão fundamental. A promessa dada e explícita é de grande encorajamento: “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?”[51] A eficácia do sangue de Cristo Jesus é muito grande. É suficiente para alcançar o âmago da alma e consciência. Uma alma contaminada com a idolatria pode ser limpa, purificada, a sua consciência apaziguada e capacitada para servir o Deus vivo. O sangue de Cristo derramado pelos pecadores em Sua morte expiatória, pela influência graciosa do Espírito Santo não somente convence o pecador do pecado, mas também absolve o verdadeiro crente que a Cristo se achega para perdão, capacitando-o a servir o Deus vivo de uma maneira digna.

Se esta é a sua situação, você deve arrepender-se de práticas passadas, de orar aos que já partiram, a anjos ou qualquer outro “mediador” além de Jesus Cristo somente, e deste modo, por ignorância ter cometido idolatria, e se converta ao Senhor, que se compadecerá… para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.[52]

Você deve colocar toda a sua fé e confiança – como a Palavra de Deus nos ensina – em Jesus Cristo somente. Ele é o único ordenado e aceito por Deus para a salvação de sua alma e a aceitação de suas orações de arrependimento. Fazer isso é colocar de lado e abandonar toda confiança passada em práticas e tradições religiosas e em qualquer outro mediador como meio para se achegar a Deus. Colocar toda sua confiança em Jesus Cristo somente, submetendo e confiando ao cuidado Dele a segurança de sua alma. Como está escrito na Bíblia, Deus “tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou [Jesus Cristo]; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.”[53] A Bíblia declara que o “salário do pecado é a morte”[54], ou seja, o pagamento de uma vida vivida em desobediência aos mandamentos de Deus é a morte. Isso significa completa separação de Deus e condenação no grande dia de julgamento.

É muito importante para nós aprender que as primeiras palavras do Senhor Jesus Cristo, ao iniciar o Seu ministério público pregando o Evangelho do Reino de Deu, foram: “arrependei-vos e crede no Evangelho.”[55] Esta é a única maneira de responder a Deus e de ser aceito por Ele. Crer é entender a nossa distância de Deus por causa de nossos pecados e por causa de Sua santidade. Crer é receber a Palavra de Deus como ela é, mesmo que ela contradiga os ensinos de homens e tradições religiosas. É dar à Palavra de Deus – a Bíblia – todo o crédito acima da palavra de qualquer outra pessoa, e mesmo acima de nossos próprios sentimentos. Crer é submeter-se à Palavra de Deus e obedecer aos seus mandamentos. É render todo orgulho e qualquer outra confiança para salvação que não seja a vida meritória e sacrifício de Jesus Cristo. É desejar o perdão de Deus e a salvação que somente Ele pode dar.

Crer é vir a Ele em arrependimento, afastando-se de nossos caminhos ignorantes e pecaminosos. É pedir a Ele que perdoe nossos pecados conforme confessamos a Ele em oração. Colocando nossa confiança completa no Senhor Jesus Cristo somente para nos representar diante do Pai, acreditando que a vida e o sacrifício perfeito de Jesus é aceito por Deus em nosso lugar para o perdão de nossos pecados e reconciliação com Deus.

É como diz a Escritura: “Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou de entre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.”[56] Venha a Cristo sem demora, venha enquanto você ainda pode, venha e viva. “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.”[57]


Richard Peter Bennett de origem Irlandesa foi Padre Dominicano por 23 anos antes de conhecer o Senhor Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor. Ele conduz o bem conhecido ministério Berean Beacon. Seus artigos, em varias línguas inclusive português, podem ser encontrados em www.berenabeacon.org.

Ábner E A Araújo de origem Brasileira conheceu o Senhor Jesus como seu salvador e Senhor na adolescência. Mestre em História e Filosofia da Ciência pelo Imperial College de Londres, é formado em Teologia e Estudos pastorais pelo London Reformed Baptist Seminary. Ele e sua esposa servem ao Senhor como missionários na Missão São Paulo na cidade de São Paulo – Brasil. www.ebdevangelistica.org

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[1] Zondervan Pictorial Bible Dictionary, p. 368

[2] Unger’s Bible Dictionary, p. 512.

[3] Peloubet’s Bible Dictionary (Philadelphia, PA: The John C. Winston Co., 1925) p. 271.

[4] Baker’s Dictionary of Theology

[5] 1 João 1.1

[6] 2 Coríntios 5.16

[7] Ep. ix, 105, in P. L., LXXVII, 1027 http://landru.i-link-2.net/shnyves/Catholic_Tradition_art.html 3/15/04

[8] Romanos 10.17

[9] 1 Coríntios 1.21

[10] Êxodo 20. 4-5

[11] Deuteronômio 4.13, 15-16

[12] Parágrafo 2132 do Catecismo da Igreja Católica. 9a Edição, 2011. Edições Loyola

[13] Êxodo 32:4-9

[14] Parágrafo 2131 do Catecismo da Igreja Católica. 9a Edição, 2011. Edições Loyola

[15] http://faculty.gordon.edu/hu/bi/ted_hildebrandt/otesources/02-exodus/Text/Articles/Chisholm-ChangeMind-BSac.pdf

[16] Parágrafo 1161 do Catecismo da Igreja Católica. 9a Edição, 2011. Edições Loyola

[17] 1 João 5. 21

[18] A Igreja Grega Ortodoxa honra e beija ícones. Estes ícones são imagens e não estatuas. “O uso de ícones desta natureza foi defendido e sustentado no Sétimo Concílio Ecumênico. A conclusão daquele Concílio é ainda hoje celebrado como o ‘Triunfo da Ortodoxia’, e os ícones permanecem uma parte central da fé e prática Ortodoxa. www.fact-index.com/e/ea/eastern_orthodoxy.html

[19] Êxodo 20.5

[20] Êxodo 20.6

[21] Êxodo 20.5

[22] Hebreus 1.3

[23] Colossenses 2.9

[24] Hebreus 11.1

[25] Salmos 27.13

[26] Parágrafo 2132 do Catecismo da Igreja Católica. 9a Edição, 2011. Edições Loyola

[27] Método gnóstico para conhecer a Cristo

[28] Documentos do Concilio Vaticano II, No. 9, Eucharisticum Mysterium, Vol. I, Sec. 3, p. 104

[29] 1 Coríntios 2.13-14

[30] Salmos 36.9

[31] 1 Coríntios 4.6

[32] 2 Coríntios 4.6

[33] 1 João 5.20-21

[34] João 1.1

[35] João 1.3

[36] João 10.30

[37] João 20.28

[38] Do Credo Nicênico: ver http://www.creeds.net/ancient/nicene.htm

[39] Parágrafo 2683 do Catecismo da Igreja Católica. 9a Edição, 2011. Edições Loyola

[40] Colossenses 2.18

[41] Parágrafo2683 do Catecismo da Igreja Católica. 9a Edição, 2011. Edições Loyola

[42] Apocalipse 22.8-9

[43] João 16.26

[44] Hebreus 11.6

[45] Salmos 3.8

[46] Apocalipse 7.9-10

[47] Efésios 2.8

[48] Hebreus 7. 25-26

[49] Romanos 8. 27-28

[50] João 14.6

[51] Hebreus 9.14

[52] Isaías 55.7

[53] Atos 17.31

[54] Romanos 6.23

[55] Marcos 1.5

[56] Romanos 10. 9,10

[57] Isaías 55.6

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